Entenda porque algumas pessoas estão trocando seus smartphones pelos bons e velhos analógicos

A tecnologia está tão presente em nossas vidas que muitas vezes não conseguimos imaginar como fazíamos alguma coisa antes de que os smartphones existissem. Se alguma vez você já se pegou questionando como falava com as pessoas antes do Whatsapp ou como conhecia novas paqueras na era pré-Tinder, talvez seja sinal de que nossa relação com a tecnologia foi longe demais, não acha?

Com essa crescente onda de procura pelo smartphone mais moderno, um grupo de pessoas está indo na direção oposta e buscando utilizar celulares analógicos. Estranhamente, a ideia parece ser ainda mais popular entre pessoas cujas profissões exigem uma conexão contínua – e exaustiva.

Aos 32 anos, o gerente do banco de imagens Shutterstock Danny Groner é um dos adeptos dos celulares antigões. Sua conexão com o mundo se dá através de mensagens de texto e ligações convencionais. Os bilionários Warren Buffett e Stephen Schwartzman também fazem parte dessa lista e não querem passar o dia grudados na telinha de um smartphone.

Um dos principais motivos para o retorno aos aparelhos analógicos é exatamente o fato de que essas pessoas passam tempo demais conectadas quando estão trabalhando – e querem ter folga quando saem do escritório. Mesmo que muita gente diga que “é só desligar a internet“, a gente sabe que a tentação é grande quando se tem todas as possibilidades de se conectar justo na palma da mão.

Na França, há inclusive uma ação em prol do “direito de se desconectar” tramitando no Ministério da Justiça. A iniciativa foi movida justamente pelo vice-diretor da empresa francesa de telecomunicações Orange, Bruno Mettling. Pra Bruno, o relacionamento entre chefes e funcionários em tempos de tecnologia descumpriria a legislação trabalhista francesa pois, mesmo que não exista a obrigação real de estar conectado, a maioria das pessoas se sente constrangida de não responder a mensagens e e-mails, mesmo quando fora do horário de expediente.